A Educação Pública em Greve
Ao longo dessas últimas
semanas várias manifestações têm tomado conta da cidade do Rio. Uma das mais
importantes é a da educação. Não que as outras reivindicações não sejam
relevantes, mas a educação é um tema fundamental para o desenvolvimento pessoal
e da economia do país. E, a ninguém escapa a clara percepção dos baixos
resultados da gestão pública na educação. Gestão entendida de forma bem ampla. Na
dimensão de estrutura e condições de trabalho, conteúdo programático e demais
aspectos inerentes a qualquer prestação de serviço de qualidade.
Contudo, a discussão do
tema virou apenas papel do Poder Executivo e de Sindicato. Isto é um
reducionismo e uma usurpação!
A educação é responsabilidade
indelegável da família, que no campo da instrução a compartilha com o Estado,
que, entretanto, não pode tomar decisões sem considerar a participação dos
reais responsáveis pelas crianças.
O Poder Legislativo tem
papel fundamental neste debate, mas um Poder Legislativo independente. Não este
formado por alinhamentos políticos fisiológicos que garante um poder imperial
ao Executivo.
Neste sentido e forma,
qualquer legislação produzida carece de legitimidade, pois a mesma se estrutura
em visão única e na confluência do interesse particular de um poder arbitrário,
dominador e avesso à crítica.
Por outro lado, cabe
destacar, que as representações sindicais deixaram há tempos à representação
dos interesses das classes que as elegeram e se tornaram espaço a serviço de
operações políticas, vinculadas nos bastidores, a partidos políticos. Nesta
condição perderam a capacidade de diálogo isento com os poderes constituídos e com
a própria categoria que representam. A partidarização dos ambientes de
representação sindical levou a incapacidade de reivindicações justas e a falhas
na defesa prioritária das demandas da classe representada.
A recuperação da
educação pública passa por um engajamento maior das famílias no apoio as
necessárias exigências de qualidade de ensino, pois sem esta medida a superação
de obstáculos sociais dificilmente ocorrerá. Basta vermos os baixíssimos
índices de elevação social de nosso país.
Texto do Programa Opinião Católica do dia 09 de outubro de 2013.
Ouvinte católica da Catedral e professora da rede municipal do RJ, não poderia deixar de manifestar concordância com o pensamento compartilhado e solicitar apoio para nossa luta, pois a mesma tem sido árdua sem o apoio efetivo da comunidade escolar e sociedade em geral.
ResponderExcluirPrezado Sr. Carlos Dias,
ResponderExcluirSaudações! Escrevo para parabenizá-lo pelas palavras proferidas no seu programa “Opinião Católica” na Rádio Catedral. Creio que sua intervenção é uma das poucas que manifesta algum catolicismo na referida emissora. Contudo, fico muito curioso de saber, e talvez o senhor possa dizer algo a respeito: como a Rádio Catedral, soi-disant católica, mantém um programa apresentado por um petista e, além disso, faz exaustiva divulgação de um livro do apresentador do tal programa?! O senhor não acha que o fato ter um espaço tão próximo ao dele na programação pode ser contraproducente ao seu apostolado, inclusive confundindo os ignorantes que podem enxergar um possível apoio ao petista em questão ou a equivalência entre a sua opinião e a dele, sendo certo que a doutrina política do PT é absolutamente incompatível com a Doutrina Católica ao ponto de ser fulminada com a excomunhão latae sententiae?