A Saúde e a Reforma do Estado Brasileiro


A discussão para o financiamento do Sistema de Saúde no Brasil tem revelado que a grande doença do país é a dimensão do Estado e a incapacidade notória de se tentar sustentar e gerir uma máquina pautada, única e exclusivamente, para atender a interesses patrimonialistas. O gigantismo do estado brasileiro é a origem da corrosão, sem piedade, do conjunto de recursos que a sociedade com trabalho produz.

A reforma do Estado é a verdadeira prioridade! Como esperar ter resultados positivos, em termos de eficiência e probidade, de uma máquina que foi concebida para distribuir a oligarquias políticas o fruto do suor honesto do cidadão comum? O Brasil possui, hoje, 39 ministérios! Nem que a presidente Dilma Rousseff queira, conseguiria manter uma relação direta, por mais objetiva que seja, com seus próprios ministros.

Não se trata aqui da discussão superada do estado mínimo. A questão é de buscar uma eficiência administrativa, que não só deve ser a resposta para os recursos arrecadados dos contribuintes, como também, ser uma administração pública que não coloque em risco o Brasil por déficits constantes e cada vez mais difíceis de serem superados.

O improviso, a aventura e a irresponsabilidade de gestores políticos já causaram à economia do país danos e marcas fortes como o confisco da Caderneta de Poupança, uma moratória e outras medidas traumáticas, que abalaram a credibilidade interna e externa do Brasil.

Caso a classe política do país e, em particular, o Poder Executivo não proponha alterações nesta estrutura burocrática continuará a estimular um conjunto de desvios funcionais de caráter amplo e, numa outra ponta, estimulará a continuidade de um empresariado parasita e oligopolista, que se serve do Estado apropriando-se de recursos com vantagens inconcebíveis em ambientes onde a concorrência sadia e honesta propulsionam uma economia produtiva e distributivista.

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