O Mal do Silêncio sobre a Destruição de um Patrimônio


Teresópolis vem sofrendo ao longo dos últimos quatro anos um conjunto de medidas político-administrativas que têm causado danos irreparáveis a cidade e a sua população. As chuvas previsíveis são, segundo as autoridades, responsáveis por todas as mazelas da região. Contudo, lembro que a gestão pública municipal virou, em parte deste período, caso de polícia! A Câmara Municipal pressionada teve que deliberar sobre o impedimento de um prefeito.

Apesar de toda essa agitação e desgaste, pouco ou nada, a cidadania teresopolitana tem a comemorar. A infraestrutura do município é uma das piores da região serrana. Não há no município um local onde a pavimentação não esteja comprometida. Falta luz constantemente. Nos postos de saúde o atendimento é precário e faltam materiais e medicamentos básicos para o atendimento da população. Neste estado de putrefação do município não há em horizonte próximo como se projetar qualquer hipótese de melhoria.

Mais uma vez chega uma chuva forte na região e, como sempre, o volume de precipitação é o culpado. Mas não dá para prender ou repreender a chuva ou seu causador! Essa surrealista posição nem as autoridades conseguem ter.

O fato é que Teresópolis, hoje, é governada por um prefeito eleito por sistema similar ao do antigo Colégio Eleitoral, pois derrotado pelo povo nas urnas, foi mantido no cargo pelo Superior Tribunal Eleitoral em Brasília. Tem que haver uma saída para isto! E, atrevo-me a dizer, que está em nossas mãos esta mudança. Devemos exigir dos poderes constituídos correção de rumo e responsabilidade na condução dos interesses de nossa população. Não dá mais para esperar!

Neste campo restaurador se exige também a integração necessária e a participação ativa da Câmara Municipal conduzindo uma discussão suprapartidária para que possamos, autoridades e população conjuntamente, reordenarmos as prioridades. É de fundamental importância à elaboração um novo plano estratégico para o município indicando investimentos públicos nos setores básicos, aproximação com a iniciativa privada e a fiscalização das ações do Poder Executivo Municipal decorrente deste plano.

A crise pode nos ensinar a crescer, mas desde que não haja má fé.

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