A Reforma do Estado e Política
Os compromissos
estabelecidos nos orçamentos governamentais devem ser impositivos aos
administradores públicos, jamais permitindo remanejamentos absurdos da ordem de
30% como usualmente ocorre.
Adicionalmente, deve ser introduzido o conceito de
metas sociais, trabalhando na promoção humana e não num assistencialismo
populista, que, de fato, representa a nova face da escravidão. Este modelo
vicia a independência e a liberdade do voto configurando crime eleitoral.
Nunca foi tão
necessária uma resposta democrática e urgente para a ruptura com este modelo
corrupto e imoral que assistimos atônitos. Há no Brasil ainda milhões de
pessoas que não têm sequer uma refeição completa por dia e estas mesmas pessoas
assistem o brinde dos desalmados de mesa farta com a explosiva associação do
dinheiro com a luxúria.
É muita covardia!
As alianças políticas e
o modo de construção destas alianças ao longo dos últimos 16 anos tem sido a de
se evitar a todo custo à apresentação de diversas candidaturas a cargos
executivos nas eleições. A busca por entendimento entre as legendas tem feito
dos cidadãos reféns de acordos estranhos à natureza e vocação dos partidos
políticos. Partidos políticos existem para conquistar o poder e mostrar a sua
forma de governar e legislar. Não é razoável que um partido político exista e
não dispute, por exemplo, cargos majoritários há 16 anos! Por que existir
então? Se está em sintonia com outro partido de forma tão fina e estreita, por
que não se fundirem?
A situação no Brasil é
tão paradoxal que até mesmo o conjunto de partidos, que deveriam refletir a
expressão clara e visível da democracia, conspiram contra o pluralismo político
violando a própria Constituição Federal.
Não há regime
democrático que possa ser avaliado e respeitado como tal, onde a disputa
político-eleitoral se faça, normalmente, entre dois partidos líderes de
coligações, ainda no primeiro turno, num país onde existem perto de 35 partidos
registrados.
Dentro deste quadro de
alta degradação parece que tudo está determinado dentro de uma lógica de que
nada pode alterar as coisas para o bem, como se os acontecimentos pretéritos
estabelecessem uma regra imutável e injusta para as pessoas e não houvesse
nenhuma possibilidade de reversão.
Acredito ser este o
papel fundamental desta nossa conversa: a de suscitar em nós um novo arrojo
moral para enfrentar o desânimo que assola a sociedade brasileira e cumprir um
papel indelegável de uma responsabilidade indivisível e pessoal com o destino
de nossas famílias e de nosso país.
Coragem!
Texto do Programa Opinião Católica do dia 25 de maio de 2013.
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