Etanol, Açúcar e a Incapacidade Governamental
A alta dos combustíveis notadamente a do etanol demonstra a fraca qualidade da administração pública em setores estratégicos. Os preços dispararam e o governo, como sempre, é surpreendido. Infelizmente, o governo tem demonstrado seguidamente não ter capacidade de se antecipar a tendências.
A formação do preço e a produção do álcool no país estão atreladas à posição da commodity açúcar. Esta commodity sofre oscilações constantes no mercado internacional já merecendo um marcador de atenção do governo há muito tempo.
A culpa não é dos produtores. Naturalmente, eles, os produtores de cana, certamente, estão atentos ao mercado e buscam maximizar seus resultados empresariais. A opção pelo açúcar responde a estratégia de médio prazo. Não se vira um botão e se altera toda uma produção. Além do mais, estes empresários têm empréstimos bancários a honrar e uma melhoria dos preços garante empregos e investimentos.
A opção, portanto, pelo açúcar não é especulativa. Repito, é estratégica.
Agora, o que me chama a atenção com estranheza é que o etanol, apesar de ser um combustível da matriz rodoviária de transportes importante, está fora da jurisdição da Agência Nacional de Petróleo (ANP). Não se tem um acordo tarifário entre os estados nos Conselhos de Fazenda.
O governo federal, além de ser mais atento, deveria propor, conforme a época, um acerto tarifário que mitigasse o risco que estamos hoje revivendo.
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