A Casa dos Horrores da República

De longe o Congresso Nacional tem sido campeão no cometimento de abusos e arbitrariedades no uso de recursos públicos para a manutenção do importante e fundamental serviço que presta a nação. Lamentavelmente, a falta de fiscalização, associada a falta de correção moral de seus agentes de administração e de parlamentares, têm levado ao aprofundamento da descrença pública no Senado e na Câmara Federal.
A falta de vergonha no uso da cota de passagens aéreas se tornou o escândalo da vez. Porém, há um ponto positivo nisto: muitos dos que se julgavam acima de outros no ambiente parlamentar, apontando dedo e fazendo discursos inflamados, foram pegos na mesma atitude indefensável e imoral. Estes deputados, que são promovidos continuamente pela imprensa tentam, agora, agredirem a mesma imprensa, que, repito, sempre os promoveram. No Brasil, o cinismo é uma virtude.

Comentários

  1. A ausência de ética e juízo dos parlamentares - e outros homens públicos - leva a tudo isso que vimos e ouvimos sobre a farra das passagens aéreas. É tal a desfaçatez de suas excelências (minúsculo proposital) que se chega a admitir o inadmissível, por ser, creem alguns, menos gravoso o delito. Faço referência às justificativas do deputado Raul Jungmann quando exalta que a passagem por ele cedida a parente teria sido obtida através de milhagem. Ora, se a milhagem foi obtida através das diversas viagens do deputado - sabe-se lá para onde e a que motivo - com o dinheiro do povo, deveria esse bônus atendê-lo nas condições aceitáveis e pertinentes às suas funções, evitando nova despesa, jamais em outra finalidade, muito menos na cessão a terceiros. Em suma: o ônus é todo nosso e o deleite é deles e dos deles. Incluindo, como muito bem salientou o Carlos Dias, figuras que se proclamam guardiães da moralidade no trato da coisa pública, como o deputado Gabeira, digo eu.

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