Por que o Brasil não cresce?
A Secretaria do Tesouro
Nacional, órgão vinculado ao Ministério da Fazenda, apresentou ao país os
números da dívida pública federal. É de se assustar pela grandeza dos números
e, por outro lado, gera um profundo interesse de se saber as razões do
crescimento ano a ano dessa dívida.
Comparando-se ao ano de
2012 a dívida cresceu 5,71% e o valor financeiro chegou ao assustador volume de
R$ 2,12 trilhões. Um recorde! Obviamente que negativo.
Dois dados relevantes
chamam a nossa atenção. O primeiro deles é que parte significativa do
crescimento da dívida se deve aos juros pagos pelo governo. O valor financeiro
foi de R$ 218 bilhões, cerca de 10% do total da dívida. O segundo dado é que
perto de R$ 60 bilhões não foram para o mercado financeiro e sim para bancos
públicos, programas e fundos do governo federal. Destaco que só o Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES ficou com a fatia de R$
39 bilhões para, certamente, emprestar, com largo subsídio, a empresas ditas
campeãs escolhidas pelo governo do PT.
Registre-se, também, por
oportuno que o Brasil, apesar dessa triste condição, perdoou dívidas de países
africanos no valor aproximado de R$ 2,5 bilhões. E, pasmem, para emprestar novamente
e mais a esses mesmos países via operações generosas do Banco de Desenvolvimento
Econômico e Social. Um absurdo!
Devemos lembrar também
que o endividamento se deve ao déficit orçamentário nacional. Portanto, é
necessária uma administração austera dos recursos públicos, de projetos e de gastos.
É fundamental um planejamento. Porém, nesse campo, o governo federal é péssimo.
Gasta mal e sem controle. Mantém uma estrutura burocrática gigantesca,
altamente custosa e improdutiva. Só no Executivo federal são aproximadamente 25
mil cargos de livre nomeação. Uma festa para os amigos e afilhados do poder.
Isso gera reflexos e
graves desdobramentos. Não é à toa que o país tem baixo crescimento nos últimos
três anos, inflação represada, mas crescente e a maior taxa de juros do mundo.
Esse quadro não muda no curto prazo.
Texto do Programa Opinião Católica do dia 30 de janeiro de 2014.
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