A Novela Amor à Vida e outras Produções
Não poderia deixar de
comentar, após o seu término, a novela Amor à Vida. Embora, não tenha assistido
a um só capítulo, fato que me enche de justo orgulho, mas ouvi vários comentários
em diversos meios e destaques de notícias em sites jornalísticos.
Espanta-me a capacidade
do núcleo de produção de novelas da Globo sempre se superar em produzir
escândalos, indecências e toda a sorte de imoralidades. Nas novelas da Globo é
raro assistir alguma família estruturada e situações que possam concorrer para
um lazer sadio. Ao contrário, tudo é sempre muito tenso e desqualificado.
As tramas são sempre
apresentadas como simulação da realidade, mas o fato concreto é que a
inspiração de histórias e personagens pouco ou nada tem a ver com as famílias
brasileiras. Só posso atribuir ao desajuste psíquico, emocional e
comportamental dos escritores e produtores do núcleo de novelas da Globo para
ofertarem tamanha quantidade de baixos elementos de ordem moral aos
telespectadores.
Um sistema de
comunicação, por fundamento, deve primar pela qualidade não só estética de seus
produtos, mas e, sobretudo, pela qualidade de conteúdo que ofertam. O instrumento
televisivo tem também uma responsabilidade educacional e formadora de hábitos,
portanto, tem que estar lastreado em uma base moral cultivada e recepcionada pela
sociedade. Princípios e fundamentos da sociedade brasileira não podem ser
violados por tramas de novela, tidas como inocentes, que se respaldam cinicamente
no alargamento inadequado de uma interpretação de democracia e de liberdade.
Não se pode ter um meio
de comunicação e utilizá-lo para qualquer coisa e se escudar na falsa
argumentação de que a audiência alta confere caráter de aceitação e sucesso.
Não! Por mais que tenha tido audiência elevada o produto continua sendo podre,
pois o cerne, os pressupostos de sua criação são pouco refletidos e muito ruins.
Porém, há um outro lado
desta questão que precisamos tocar também. E se refere à audiência. É claro que
muitos católicos assistiram a esta novela e para estes gostaria de me dirigir
especialmente. Escolham melhor o que assistir! Este tipo de programa tem um
vírus grave e destruidor que se dissemina sem se sentir. Não é verdade que temos
critérios mais rígidos quando, por exemplo, vamos ao cinema ou ao teatro? Por que
não quando escolhemos o que vamos assistir nas emissoras de televisão?
Por fim, peço que não
permitam, com o seu apoio de assistência, que a interpretação de quantidade de
audiência contribua para a contínua e permanente produção de baixa qualidade
moral de produtos televisivos, que impactarão a sua casa e a sociedade em
geral.
Texto do Programa Opinião Católica do dia 03 de fevereiro de 2014.
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