2014, Um Ano de Esperança

Inicia-se mais um ano. E, como todos os outros, carregado de esperança.

Os desejos de paz e prosperidade se renovam e as pessoas se envolvem num clima de fraternidade e vontade sincera de que as coisas no ano que nasce melhorem. Contudo, a beleza de se acreditar que tudo será melhor no novo ano, no transcorrer dos meses, deste novo tempo, vai se perdendo.

Violência, dificuldades em casa, no trabalho, a luta do dia a dia e porque não dizer da triste condução da vida pública do país, fortalecem as incertezas que levam a desesperança. Mas, a questão correta é sabermos onde colocamos a nossa esperança. A colocamos nas coisas cuja materialização nos alegra ou colocamos na pessoa, que recém relembramos o Seu nascimento?

Nosso motivo de alegria certamente deveria estar centrado na misericórdia de Deus que quis se fazer homem. Se fazer próximo a nós. Se fazer presença.

O Senhor veio por aceitação incondicional da puríssima Virgem Maria do plano de salvação de Deus. O Senhor habitou numa família dirigida pelo justo São José e a eles, José e Maria, o Senhor foi submisso. Que mistério!

O ano de 2014 e qualquer outro ano poderá ser melhor na medida em que nós assumamos o papel de filhos de filhos de Deus. Buscar, confirmados pelo vínculo indelével do batismo, a nossa verdadeira identidade e vocação. A semelhança de Deus nós fomos criados. Criados homem e mulher.

O projeto de vida de cada um de nós não pode estar dissociado do conjunto de valores que assumimos em nossa fé. Valores estes de ordem natural, isto é, inscritos no coração do homem desde sempre, que fazem parte integrante de nossa própria natureza.

Não se produz um ser humano, mas, embora da vontade autônoma do casal, sob o olhar atento de Deus, somos extensão de uma mesma natureza, da mesma carne de nossos pais que se multiplica.

Portanto, aquilo que viola a condição de liberdade e recuperação da grandeza do ser humano e a represa sob a sujeição aos vícios, transferindo a verdadeira alegria para uma simples satisfação de realização temporal, elimina a possibilidade da esperança, que é eminentemente de caráter transcendente.

Que neste ano de 2014 possamos colher os frutos do Ano da Fé, da Jornada Mundial da Juventude ocorrida na cidade do Rio de Janeiro e avancemos na evangelização ponto fundamental da descoberta da alegria da vida como diz o Papa Francisco, que com sua simplicidade e sinceridade tem conquistado o mundo pela palavra e pelo exemplo.


Texto do Programa Opinião Católica do dia 06 de janeiro de 2014.

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