Sem Limites para o Erro
Em votação secreta os
deputados federais decidiram manter o mandato do deputado federal presidiário
Natan Donadon, sem partido, de Rondônia.
A sessão que
deliberaria a cassação do deputado presidiário não atingiu o quorum estabelecido
pelo Regimento Interno para obter-se a cassação de um meliante condenado pelo
Supremo Tribunal Federal por cometer crimes e estar preso em regime fechado.
Na sessão específica para
a deliberação da cassação teve de tudo!
Vários deputados da
base aliada marcaram presença no painel, mas não votaram. Os “mensaleiros”, especialmente,
sequer deram o ar de suas tristes presenças no Plenário da Câmara.
O deputado presidiário
Natan Donadon discursou solicitando absolvição, em apelo patético aos colegas
parlamentares. E, pelo resultado obtido, pudemos observar mesmo que são
colegas!
A situação era tão
esdrúxula, paradoxal e vexatória que o deputado presidiário Natan Donadon
chegou a Casa Parlamentar a bordo de um Camburão envergando justas algemas nos
pulsos.
Infelizmente, os
deputados federais, ainda não cassados e nem presos e outros mais protegidos
pelo manto do voto secreto, imprimiram com este episódio mais um registro
negativo na história de uma instituição que sobrevive parece só para revelar a
desfaçatez e a ausência de caráter de alguns homens e mulheres daquele
ambiente.
Com esta atitude a
Câmara Federal viola a legislação ao permitir que um condenado na mais alta
Corte do país possa, embora, preso em regime fechado, ser chamado de deputado
federal.
Será que chegaremos ao
paroxismo do absurdo de um dia, em função do conjunto de escândalos e crimes
cometidos por parlamentares e com esse precedente estranho aberto pelo Plenário
da Câmara Federal, venhamos a assistir uma sessão legislativa diretamente do
presídio da Papuda?
Nada mais a comentar.
Texto do Programa Opinião Católica do dia 02 de setembro de 2013.
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