A Vida Humana e seu caráter Absoluto
A defesa da vida humana em todas
as suas fases, desde a concepção até a morte natural é um valor absoluto e um
direito humano inalienável. Esse direito se amplia e se consolida na proteção
da criança nascida, de sua inocência e dos jovens.
A atenção especial para com os
que sofrem toda sorte de restrições. A proteção à família natural, formada pelo
homem e pela mulher e com a promoção da Verdade e da Justiça forma o conjunto
de valores que garantem o sustento e o vigor de qualquer civilização.
Uma sociedade que caminha para o
aprimoramento da justiça e da paz nos corações deve servir a Verdade e jamais
amputar o reconhecimento da transcendência da pessoa humana como sendo uma das
virtudes essenciais e objetiva.
Tratar a pessoa humana de forma diversa
a esta é tentar ser “criador” de outra pessoa. Algo passível de manipulação,
semelhante a uma coisa ou a um objeto, que tem um fim específico para uso e,
após, seu descarte. Falamos, então, de algo
e não de alguém.
Toda evolução ou progresso, mesmo
de métodos para combater o mal de qualquer espécie, deve ordenar-se sempre para
o bem último das pessoas. Há a necessidade prévia de um julgamento moral das
medidas a serem adotadas. Nada pode, neste sentido, concorrer, aberta ou
veladamente, para a destruição da vida ou, numa expressão cínica, classificar a
amputação pretendida, de redução de danos, que, de fato, só vem a potencializar
a destruição total ou a consolidar as sequelas extremamente dolorosas que advirão
para a pessoa, para a família e para a sociedade.
O ser humano é a maior expressão
do Criador e da vida. Onde uma só criatura não tem dignidade nenhuma outra
plenamente a tem.
O Brasil vive uma das mais
intensas crises morais de sua história. Escândalos de toda ordem. Notícias de assaltos
permanentes aos cofres públicos; associação do Estado com o crime organizado; tráfico
de drogas; lavagem de dinheiro; fraudes diversas... Enfim, uma tristeza!
Só num país como o nosso, que
parece ter abdicado da moral como um valor permanente e do enfrentamento real ao
crime, é que se pode tentar prosperar uma hipótese de descriminalização da
posse e do uso de drogas.
A democracia, a liberdade e as
escolhas conscientes não têm como se vincular ao aborto e as drogas, por
exemplo. Trata-se de mais uma grande manipulação da opinião pública, que
constantemente fica refém de uma visão única, dirigista e ditatorial de seguimentos
poderosos, sem nenhuma compostura e altamente financiados.
A nenhum de nós escapa a gravidade da situação que vivemos.
Os indicadores são claros, qualquer que seja a área considerada: a segurança
pública, a economia, a saúde, a educação, a habitação, a moralidade
político-administrativa. Porém, mais eloquente ainda é o tremendo mal-estar que
invadiu os lares brasileiros, como consequência da perda de esperança no
futuro.
O problema é realmente grave e enorme, mais de fundo
cultural do que econômico ou político. Quer dizer, precisamos mais de
princípios, diretrizes e ações que representem posturas no campo cultural, do
que de programas ou reformas que representem posturas econômicas.
Texto do Programa Opinião Católica do dia 29 de maio de 2013.
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