Segurança Pública, uma análise sobre as Unidades de Polícia Pacificadora.
As Unidades de Polícia
Pacificadoras, as denominadas UPP’s, vieram como uma resposta a já
insustentável ocupação pelos traficantes das comunidades carentes do Rio de
Janeiro.
O processo de ocupação
se iniciou pela cidade do Rio de Janeiro. Assistimos cenas como a de filmes,
porém, com efeitos reais de danos.
É certo que uma
política de segurança pública não se constrói e nem se consolida sem integração
com outras áreas de governo, notadamente, a social, a de habitação, a de
educação e a de prevenção ao uso de drogas.
O enfrentamento ao
tráfico de drogas não se pode dar exclusivamente pelo confronto armado, embora,
seja necessário e imprescindível. Não nos iludamos quanto a isto. Esta condição
gera muitas mortes de inocentes, através das chamadas balas perdidas e também
dos corajosos policiais civis e militares que enfrentam tal embate.
Os limites impostos por
uma prevenção ineficiente e uma profissionalização inadequada associada à
escassez de recursos financeiros têm dificultado de forma demasiada a
consolidação do que se pode entender como política de segurança pública.
A aproximação com o
cidadão, o avanço do policiamento comunitário e a abertura para políticas
preventivas, mesmo sendo gestadas e operadas pela própria estrutura das
polícias poderiam estabelecer um novo padrão de atuação e as ações reativas
teriam mais êxito.
Claramente na questão
das drogas, precisa ser dito, que o braço do financiamento ao tráfico e seu
poderio vem dos usuários. Muitas mortes evitáveis acontecem apenas para
abastecer o consumidor de drogas, que ao invés de tratar de sua doença,
transmite seu efeito danoso para toda a sociedade.
Enquanto as autoridades
públicas não entenderem que precisam também estrangular o acesso das drogas aos
usuários, o poderio do tráfico crescerá e haverá outro rearranjo da estrutura
do crime para se adaptar à nova condição do mercado.
Texto do Programa Opinião Católica do dia 08 de junho de 2013.
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