Conjuntura Econômica Brasileira
Os dados deste primeiro semestre
de 2013 apontam para a consolidação de um fraco desempenho da economia
brasileira. Previsões mais otimistas esperam um crescimento de 2,3% do Produto
Interno Bruto – PIB para este ano.
Outro complicador é o controle
sobre a inflação que está acima do centro da meta prevista para o corrente ano
em 6,5%.
O governo federal tenta ao longo
dos últimos dois anos responder com medidas pontuais setorizadas o desafio de
enfrentar a construção de uma urgente proposta de política econômica que dê
sustentação ao crescimento do país.
A política econômica do governo federal elegeu
o consumo como base da política econômica, estimulando o acesso ao crédito às
famílias ofertado agressivamente pelos bancos públicos.
O crescimento da demanda via
crédito ao consumidor pressionou a indústria, que não ampliou a capacidade de
produção, ao contrário, ela decresceu. O governo, então, subsidiou para não
impactar nos preços finais, através da desoneração de impostos. Este comportamento,
que deveria ser fechado e de forma seletiva ganhou caráter geral. Como se isto
pudesse ser uma política econômica. Desoneraram o setor automobilístico, de eletrodomésticos,
de eletrônicos, de móveis, entre outros.
O câmbio é outro drama, pois a
valorização artificial do Real em relação ao Dólar tem inibido uma ação
comercial do setor exportador e os déficits externos são crescentes. Destaca-se
neste contexto do comércio exterior o setor do agronegócio, que apesar do preconceito
ideológico é o que tem minimizado o déficit comercial externo brasileiro.
Mas existem outras questões relevantes
que colaboram diretamente no baixo desenvolvimento do país, que é a própria
estrutura administrativa do governo federal. A conhecida máquina pública.
O Brasil tem 39 ministérios! Para
se ter uma ideia deste gigantismo da estrutura estatal, esta máquina absurda
suga perto de 30% do PIB dos brasileiros.
Sem uma reforma administrativa do
Estado o país continuará sendo incapaz de voltar a investir em setores básicos
como educação, saúde e segurança e nem partilhar com a iniciativa privada ações
fundamentais no campo da infraestrutura. Manterá, pelo visto, medidas já
chamadas de “criativas” que manipulam constantemente o câmbio e a taxa de juros
básica da economia. Além, é claro, de continuar a produzir políticas econômicas
de curto prazo com a única e exclusiva intenção de buscar efeitos positivos no
campo eleitoral. Isto, até quando der.
Texto do Programa Opinião Católica do dia 10 de junho de 2013.
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