A Contribuição do Ensino Religioso para a Reforma da Educação Pública
Ouvimos permanentemente
a tentativa de diversos governos buscarem uma excelência no campo da educação
básica. Projetos e programas são apresentados, recursos são empenhados, porém,
os resultados são pouco estimulantes.
A educação considera pontos
que, em geral, os governos desprezam ou pouco dão valor. Destaco três para conseguir
concluir este programa: o ambiente natural da pessoa, que é a família, a
dimensão da pessoa e vocação de liberdade.
Os modelos educacionais
vigentes na área pública desconsideram a importância e a integração da família
com a escola. Parece que as crianças pertencem ao Estado e de acordo com a
ideologia estatal às vezes compartilhada com uma classe sindical de
professores, apresentam aos nossos filhos conteúdos selecionados e escolhidos
por estes tutores da educação pública.
A educação vista como o
extrair, o buscar de dentro o melhor da pessoa, ajudando-a a crescer no campo
do conhecimento e de valores está fora desta realidade da educação proposta
pelo Estado. A educação estatal virou mais um clichê socialista de igualitarismo.
Não valoriza a singularidade e, ao contrário, quer homogeneizar dons
particulares de cada um.
A singularidade da
pessoa e o seu caráter transcendente retirados por miopia e preconceito do
contexto da educação, rebaixa o interesse pelo saber e pela descoberta. Retira
o real sentido da conquista e da satisfação pelo aprendizado. Vira um
sacrifício sem motivo, sem relação com um bom futuro.
Por esta razão sempre
defendi em debates no parlamento estadual e em seminários o ensino religioso de
caráter confessional e plural. Garanti a introdução dos conteúdos desta matéria
na matriz curricular, através da lei 3459/2000, com professores concursados e
certificados pelas autoridades religiosas. Foi a primeira legislação neste
sentido no país.
O ensino religioso e a
presença dos professores de religião na rede pública de ensino garantem a
harmonia com o programa educacional formal e com ambiente geral. É obrigação de
o Estado prestigiar tal integração e reconhecer seus efeitos positivos no
avanço do aprendizado. Há a necessidade de se abrir a escola para uma pesquisa
verdadeiramente científica, neutra e séria sobre estes benefícios.
O zelo pela pessoa do
aluno e a atenção precisa ao ambiente familiar de cada um destes são os pilares
de um projeto educacional virtuoso.
Esperemos que nos
debates calorosos sobre o aumento de verbas para a educação não se esqueçam do
essencial: garantir um programa que reconheça a dimensão real do humano.
Carlos
Dias – Opinião Católica – Dia 21 de agosto de 2013.
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