O Papa, o aborto, a união homossexual e os católicos na política
Com certa irritação
assisto uma série de pessoas a criticar aberta e veladamente o Papa Francisco
por não ter ele se pronunciado no Brasil mais incisivamente sobre o aborto e a
união homossexual.
Essas críticas são
infundadas, absurdas e, sobretudo, injustas!
Vamos analisar isto com
toda a prudência. Inicio perguntando por ser fundamental esta questão: por
acaso do Papa Francisco votou na Dilma Rousseff para presidente, nos deputados que
nos representam na Câmara Federal, na Assembleia Legislativa do Estado do Rio
de Janeiro ou mesmo nos senadores de nosso estado? A resposta óbvia é não!
Então, como cobrar a
alguém que não participa em nada na escolha política e transferir para ele uma
responsabilidade, que, de fato, cabe a nós?
Desculpem-me, mas não é
de hoje que parte significativa dos católicos na hora do voto menosprezam temas
relevantes como aborto, união homossexual, drogas e o ensino religioso nas
escolas públicas. A consequência esta aí.
Parte significativa dos
católicos elegem apresentadores de TVs e de rádios, cantores de bandas, falsos
militantes dos direitos humanos e pessoas ligadas a ONGs.
Então, qual é a culpa
do Papa? Nenhuma, certamente.
É triste esta
constatação da irresponsabilidade de alguns católicos, que às vezes são
induzidos a erro por lideranças leigas da Igreja.
Convido vocês a pensar um
instante comigo. O que os deputados católicos têm feito diante desta situação
clara de profunda corrupção no país e no Estado do Rio de Janeiro? Será que
todas estas manifestações são invencionices da oposição? Não é verdade que em
qualquer exposição pública a presidente Dilma é vaiada e o governador Sérgio Cabral
também?
Portanto, é
responsabilidade nossa mudar este quadro. Se não queremos o aborto, a união
homossexual, a legalização das drogas e outras tantas situações que estão
abalando a parte moral da vida política e da economia brasileira temos que
escolher gente corajosa e honesta que enfrente este sistema viciado da política
atual.
Chega de só nos
apresentarem desculpas!
Agora, é importante
destacar que a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB deveria ter sido
mais bem assessorada e mais prudente antes de ter emitido parecer sobre o apoio
ao veto parcial ao PLC 03/2013. Isto, sim, merece uma pesada crítica, pois o
correto seria o veto total. Não é demais afirmar que, em se tratando de aborto,
possibilitar brechas em Norma Legal é fatal.
Texto do Programa Opinião Católica dos dias 01, 02 e 03 de agosto de 2013.
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