A Responsabilidade com o Brasil
O Brasil sem qualquer
sombra de dúvida vive um dos momentos mais tensos da história recente. A crise
atinge a classe política em sentido amplo, a economia, a confiabilidade nos
gestores públicos, a saúde, a educação, o transporte e a segurança.
Respostas aguardadas das
autoridades públicas para esta crise são há tempos esperadas e, com as
manifestações das ruas gerando o agravamento da tensão social, estas respostas se
tornaram inadiáveis.
Outra questão
importantíssima é a finalização da Ação Penal 470, popularmente conhecida como
Mensalão. A resposta do Supremo Tribunal Federal não pode ser percebida pela
população como mais uma tentativa frustrada de se obter justiça.
A população espera,
enfatizo, por questão de justiça, desejo permanentemente no íntimo dos corações
dos brasileiros, que criminosos de alta plumagem, notadamente políticos, encontrem
punição e punição justa.
A responsabilidade do
Supremo Tribunal Federal é enorme e histórica!
A decisão punitiva
exemplar esperada, saliento, novamente, por questão de justiça, se equipara a
escolha de um cimento de especial qualidade para a construção de um dique cuja
missão é a de proteger um país inteiro. Erros, companheirismo ou vassalagens
político-partidárias, incabíveis para o ambiente do Supremo Tribunal Federal,
terão consequências graves, mas impossíveis de se prever o nível das mesmas.
Tarefa difícil é saber
se o Brasil vai melhorar em pouco espaço de tempo, pois são inúmeras as tristes
figuras que precisam, por meios legais, serem destinadas as penitenciárias e,
em mínimo grau, ao afastamento permanente das funções públicas.
O que podemos afirmar é
que a política no Brasil caminha para a conformação de um novo perfil em termos
de relações institucionais entre os poderes. A simples observação da recente
votação e aprovação na Câmara Federal do chamado “orçamento impositivo”, no que
tange as emendas parlamentares, nos sugere este indicativo. A matéria segue
agora para apreciação e votação no Senado, que arrisco antecipar, ratificará a
decisão da maioria esmagadora dos deputados federais. Isto representará, pelo
menos em certo grau e medida, um tipo de alforria do Poder Legislativo subjugado
visivelmente pelo Poder Executivo.
A responsabilidade com
o Brasil e com o futuro de nossas famílias nos impulsiona a ousar no
enfrentamento de verdadeiras potências criminosas que agem há tempos no centro
do poder público da nação.
Texto do Programa Opinião Católica do dia 16 de agosto de 2013.
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