A Liberdade e o Estado Brasileiro
As manifestações
populares que tem ocorrido nas principais capitais do Brasil nos alertam para
um esgotamento de paciência com o modelo de alta restrição de direitos impostos
pelo Estado.
Alardeia-se no país que
vivemos um primor de democracia. Um regime onde há plena liberdade para as
pessoas. Mas será isso mesmo? A que liberdade se refere? A de podermos apenas
andar nas ruas por não haver toque de recolher ou a de digitar nas eleições o número
de um candidato na urna eletrônica, que não emite qualquer recibo da operação?
A liberdade é muito
mais do que poder trafegar e aproveitar os espaços públicos abertamente. A
liberdade é lastro para o crescimento e o desenvolvimento da vida humana, que
associada a valores e conjugada a um processo educacional, qualifica de forma
eficaz esta liberdade.
O que precisa ficar
claro, da mesma forma, é que ninguém é livre só por ter acesso a ambientes,
votar em urna eletrônica ou utilizar-se da tal liberdade para a satisfação
exclusiva dos próprios interesses.
A liberdade tem e
guarda uma sutil condição de consciência de si, do outro e da realidade que nos
cerca.
Portanto, a liberdade tem um caráter de conhecimento, autonomia,
emancipação e potência, mas tem limite e é falível.
O que nesta conversa
quero sublinhar são a presente coação e o controle Estatal sobre a liberdade
das pessoas no Brasil. Exemplifico nos campos da restrição à liberdade do
crescimento pessoal, da restrição à realização profissional e do desamparo as justas
necessidades.
Vimos claramente que o
Estado brasileiro nos últimos 12 anos ser promotor da dependência, amplificador
de vulnerabilidades e de uma arrogância singular.
A agenda essencialmente
eleitoral do governo federal está levando o país à desorganização econômica, a
desmoralização interna, promovendo o descontentamento da sociedade a níveis nunca
vistos na história deste país.
Texto do Programa Opinião Católica do dia 24 de junho de 2013.
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