Plebiscito Proposto pelo Governo Federal para 2013
O plebiscito proposto pelo governo federal para este
ano é uma manobra para desviar a verdadeira atenção daquilo que foi objeto de
protesto nas ruas do país.
Não é saída sincera!
O governo está a criar uma nova polêmica para
substituir as reais reformas demandadas pelas ruas em diversas manifestações.
O governo federal quer introduzir um tema antigo e
relevante em um momento de alta tensão social no qual a discussão séria e com
tempo adequado jamais conseguirá ser feita.
A reforma eleitoral para valer de fato nas eleições
de 2014 precisa estar votada e sancionada até o dia 05 de outubro deste ano.
Não há, portanto, tempo seguro para uma discussão séria no Congresso Nacional
e, a consulta popular desta forma, pode sofre manipulação.
Análise de diversos especialistas dão conta que o
plebiscito nos termos colocados e no tempo proposto apresenta um absurdo custo
de execução e uma possibilidade de efetividade próxima à zero.
O que pode ser feito e, isto sim explicitado nas
manifestações, é a imediata reestruturação da administração pública federal. Reduzir,
por exemplo, o número de ministérios, que distribuídos com base em critérios
fisiológicos, atinge, hoje, a trinta e nove. Outra medida seria reduzir o
número de cargos comissionados de livre nomeação que montam a expressiva marca de
vinte e dois mil no executivo federal. Só começar a analisar estas duas medidas
já seria o início de uma correta resposta ao indicado pela população.
O governo federal não pode querer impor à sociedade
uma agenda que esta mesma sociedade não demandou, dizendo o governo,
cinicamente, que escutou a voz das ruas. Pergunto: escutou a voz das ruas ou a
dos corredores do poder?
A reforma eleitoral é um tema complexo não pode ser
tratado de forma demagógica ou inserido numa pauta sob uma falsa urgência das
manifestações recentes das ruas.
Texto do Programa Opinião Católica do dia 06 de julho de 2013.
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