Manifestações no País

As mobilizações articuladas pelas redes sociais assustaram as estruturas do poder desde o governo federal a estados como os do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais.

Certamente as autoridades não tiveram informações antecipadas de seus serviços de inteligência, que possibilitaria um planejamento da polícia nas ações de rua e, eventualmente, colaboraria na antecipação das negociações das reivindicações.

Difícil entender a falha dos serviços de inteligência tanto o do governo federal quanto os dos estados. Como se diz popularmente imaginem na Copa!

Bem, voltando às manifestações, estas têm características interessantes. Diria mais, ímpares. Vejamos.

Não foram convocadas nem por partidos políticos, que tradicionalmente se utilizavam deste tipo ativismo e nem por sindicatos aliados aos mesmos.

Não exibem qualquer vínculo com figuras carimbadas em manifestações no passado, notadamente, os rotos, hoje pálidos, de políticos do Partido dos Trabalhadores - PT.

Os manifestantes em sua maioria composta de jovens, que se motivaram a ir às ruas para protestar, num primeiro momento contra o reajustamento das passagens de ônibus, assistiram o encorpar das manifestações por outras posições que bradavam forte contra o assalto aos cofres públicos, os gastos absurdos da Copa, que superará 30 bilhões de reais e a, ainda, incompleta punição dos condenados na Ação Penal 470, conhecida como Mensalão. Esta última sequer exibida em fotos nos jornais ou em imagens na televisão ou nos comentários dos analistas, embora, difundidas em cartazes e palavras de ordem dos manifestantes.

A tônica, então, no curso das manifestações entre outros descontentamentos foi com a administração pública acusada de ineficiente, parcial e corrupta.

Resta, disto tudo, a esperança de que em 2014 com a força de nossa vontade no sentido de uma mudança o Brasil altere seu rumo.

Espera-se que o Brasil saia deste ambiente infeliz, depressivo, perverso e viciado e volte a ser concretamente o país da esperança, da alegria, onde as famílias novamente possam se libertar e progredir com estudo aplicado e trabalho honesto.


Texto do Programa Opinião Católica do dia 25 de junho de 2013. 

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