A Saúde Pública mais uma Vez
O quadro da saúde
pública no Brasil é de alta calamidade. A falta de uma política bem definida
que indique as ações preventivas e uma proposta concreta para construção de uma
carreira para médicos e profissionais de saúde fragiliza um campo fundamental
de atenção à população mais carente.
Assistimos ao longo de
anos e por diversas razões, o desmonte das instituições filantrópicas na saúde,
que nos municípios mais carentes são as únicas opções de atendimento.
Para se ter uma ideia
da dimensão e da importância para a saúde no país das instituições
filantrópicas incluindo as Santas Casas cito alguns dados.
Existem cerca de duas
mil e seiscentas instituições de caráter filantrópico no Brasil. As
Instituições Filantrópicas são em 56% dos municípios as únicas unidades
hospitalares.
Ofertaram, em
estatísticas com base no ano de 2007, 175 mil leitos hospitalares e responderam
por aproximadamente sete milhões de internações. Isto significa 41% das
internações pelo Sistema Único de Saúde.
As Instituições
Filantrópicas geram 470 mil empregos diretos, abrigam 140 mil médicos autônomos
e estão ligadas a 54 faculdades de medicina mantendo três mil vagas para
residência médica.
O que quero salientar
neste comentário é que não há como o governo federal abrir mão de uma estrutura
de saúde já consolidada e disponível para o SUS e não estabelecer uma política
de recuperação destas instituições.
Do ponto de vista da
economia de recursos e de sua aplicação em termos de retorno à população no curto
prazo a recuperação das instituições filantrópicas é uma importante medida de
política saneadora para o setor de saúde pública.
Outra questão é a
regulamentação da Emenda 29 que garante recursos mínimos para o financiamento
das ações e serviços públicos de saúde.
Isto tem que ser
resolvido, pois já se passaram treze anos desta proposição.
Texto do Programa Opinião Católica do dia 02 de julho de 2013.
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