Manifestações e os Governos Locais
É preciso que se diga
que as manifestações não têm exclusivamente o objetivo de se atingir o governo
federal. A insatisfação com governantes se dá em todas as esferas de poder. No
caso do Estado Rio de Janeiro é evidente.
O governador Sérgio
Cabral sumiu dos espaços públicos e do noticiário direto. Nem teve a coragem de
ir a final disputada pelo Brasil na Copa das Confederações. Infelizmente, não pode
apreciar um grande feito de sua gestão, o novo Maracanã, onde aportou a
expressiva cifra de R$ 1,2 bilhão. Coitado!
Apesar deste sumiço o
governador não deixa de ser lembrado. É da direta responsabilidade do chefe do
executivo estadual os baixíssimos índices no campo da educação, as tristes
estatísticas de atendimento na área de saúde e outras promessas não cumpridas
notadamente na Região de Serrana onde obras de contenção de encostas e a construção
de cinco mil casas estão há dois anos e meio sem respostas.
Faz muito bem o povo do
estado do Rio regionalizar as reivindicações e apontar a seu governante o
desagrado com uma gestão de quase oito anos sem avanços em áreas estruturantes
como a educação e a qualificação profissional.
O Rio de Janeiro, como
Brasil, perdeu uma grande oportunidade de reformatar a estrutura estatal e
consolidar de forma concreta o ajuste da máquina pública para ser novamente
capaz de atrair investimentos sem aprofundar a dívida de longo prazo e abusar
da concessão de incentivos fiscais.
O que se viu em matéria
de gestão pública foi a simples propaganda de um crescimento, que não produziu
efeito no curto prazo e de uma alardeada pacificação de comunidades carentes
sem a complementação necessária de urbanização e uma remodelagem urgente habitacional.
O que há no Brasil é um
choque de realidade! As promessas perderam a credibilidade do povo e o desejo
de mudança se apresenta primeiramente na direção de confrontar estes
ilusionistas da vida pública.
Texto do Programa Opinião Católica do dia 05 de julho de 2013.
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