Os Riscos de uma Improvisada Política Econômica
Os dados
macroeconômicos mostram e principalmente alertam que devemos ter um cuidado
especial com as contas públicas do país. Na esteira da invencionice o governo
federal procura paliativos em matéria grave, de alta e complexa
responsabilidade, no estabelecimento e na administração de uma política econômica.
O resultado das
chamadas medidas anticíclicas do governo federal fizeram o país experimentar
novamente a longínqua sensação nada agradável de uma volta a um passado penoso onde
a principal lembrança é o descontrole da inflação.
Pouco ou nada foram os efeitos
positivos desta política do governo federal quanto à preservação dos pilares
fundamentais de qualquer política econômica de sucesso, isto é, garantir a
continuidade do crescimento do país com baixa inflação.
Os incentivos
promovidos pelo governo Dilma Rousseff para turbinar a economia revelaram-se um
Cavalo de Tróia. Trouxeram para dentro de uma economia estabilizada a incerteza
quanto à autonomia do Banco Central, a manipulação das metas fiscais e a
crescente pressão sobre a inflação.
A política de criação
de demanda interna por produtos e serviços por força de crédito indiscriminado ofertado
pelos bancos públicos, gerou uma pressão sobre os preços, pois não houve
aumento de produção.
Lembro também que gastos incentivados neste estilo geraram
descontrole dos orçamentos familiares. Cresceu a inadimplência.
Ponto também relevante
foi a insistente medida de desoneração de impostos setoriais, que interferem
nas receitas futuras do governo federal, mas que não garantiram a reação da
economia como esperado. E, adicione-se a isto, a política do Banco de
Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES, que com as bênçãos do Tesouro para subsidiar
empresas especiais, nos últimos dois anos nos custaram perto de 30 bilhões de
reais.
Texto do Programa Opinião Católica do dia 18 de junho de 2013
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